ACTIONS & MINISTRIES

  • 05-2009-capa-globalizacao-e-competicao
  • 07-2004-capa-democracy-and-public-management-reform
  • 2006-capa-as-revolucoes-utopicas-dos-anos-60
  • 05-2010-capa-globalization-and-competition
  • 15-1968-capa-desenvolvimento-e-crise-no-brasil-1930-1967
  • 17-2004-capa-em-busca-do-novo
  • 13-1988-capa-lucro-acumulacao-e-crise-2a-edicao
  • 05-2010-capa-globalixacion-y-competencia
  • 02-2021-capa-a-construcao-politica-e-economica-do-brasil
  • 2014-capa-developmental-macroeconomics-new-developmentalism
  • 12-1982-capa-a-sociedade-estatal-e-a-tecnoburocracia
  • 01-2021
  • 09-1993-capa-reformas-economicas-em-democracias-novas
  • 16-2015-capa-a-teoria-economica-na-obra-de-bresser-pereira-3
  • 01-2021-capa-new-developmentalism
  • 11-1992-capa-a-crise-do-estado
  • 03-2018-capa-em-busca-de-desenvolvimento-perdido
  • 06-2009-capa-construindo-o-estado-republicano
  • 10-1999-capa-reforma-del-estado-para-la-ciudadania
  • 08-1984-capa-desenvolvimento-e-crise-no-brasil-1930-1983
  • 04-2016-capa-macroeconomia-desenvolvimentista
  • 05-2009-capa-mondialisation-et-competition
  • 10-1998-capa-reforma-do-estado-para-a-cidadania
  • 09-1993-capa-economic-reforms-in-new-democracies

Depoimento sobre Alimentos Transgênicos na Câmara dos Deputados - Comissão de C&T

Luiz Carlos Bresser-Pereira

Depoimento na Comissão de Ciência,Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, Brasília, 5 de maio de 1999, sobre Alimentos Transgênicos e C&T.

Testimony on GMOs (genetic modified organisms) at the Comissão de C&T da Câmara dos Deputados. Acording to the Brazilian law, GMOs are previously check by the CTNBIO - a commitee of scientists. If they approve a given organism, there is no reason to keep saying that it will cause damage to health or the environment.


- Biossegurança como instrumento da Política

- Científica e Tecnológica

- A CTNBio e a soja transgênica

- Aspectos econômicos

- Debate sobre transgênicos na Europa

- Rotulagem de produtos transgênicos

- Fundação CTI

- Debates com os Deputados

- Investimentos em Ciência e Tecnologia

- Incentivos Fiscais

- Painéis Setoriais

- Centro Tecnológico para Informática (CTI)

- Estação Espacial Internacional

- Leis de Incentivos: Leis 8248 e 8661

- Transgênicos: Monopólio, Volta à Inquisição





É um prazer e uma honra estar aqui para conversar com os senhores e prestar informações sobre a política de ciência e tecnologia. Meu entendimento é que, na convocação, os senhores estavam interessados especificamente na questão da soja transgênica ou, por extensão, nos produtos transgênicos e também no programa de extinção da Fundação do CTI. É sobre esses assuntos que vou falar especificamente. Depois fico aberto a perguntas de qualquer natureza.

Com relação aos produtos transgênicos, creio que nós devemos examinar o problema sob dois pontos de vista do MCT: um é específico da Biossegurança e, outro, é o do âmbito econômico, da eficiência, da tecnologia e da competitividade do Brasil internacionalmente. Tanto um assunto quanto o outro interessam, evidentemente, ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

Sabemos que quando se pensa em objetivos relacionados, existem os que são complementares: de um lado há o desenvolvimento econômico puro e simples e, de outro, o desenvolvimento econômico sustentável. Duas coisas parecidas, mas diferentes. E nós temos que fazer às vezes trade offs, barganhas, para atingir metas de desenvolvimento. O combate à poluição, por exemplo, é um programa que custa caro, envolve imensas dificuldades tecnológicas, mas precisa ser realizado. Essa é uma situação que envolve trade offs, porque é fundamental defender o meio ambiente, a natureza, o mundo em que nós vivemos e para pensarmos a longo prazo, nas futuras gerações.

Agora, em relação aos produtos transgênicos, por mais que eu analise o problema e por tudo o que ouvi de todos os técnicos e cientistas com quem conversei, não creio que haja algum trade off envolvido nessa questão. Não se verifica qualquer trade off em relação ao desenvolvimento econômico e do desenvolvimento auto-sustentável. Não há perdas em termos de segurança biológica e proteção ambiental, como contrapartida a ganhos em desenvolvimento econômico.

Mas é preciso discutir primeiro a questão da biossegurança e depois o desenvolvimento econômico.





Biossegurança como instrumento da Política Científica e Tecnológica



Ontem houve uma audiência aqui nesta Comissão, em que esteve presente o presidente da CTNBio, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança do Governo Federal. Nessa reunião, uma das pessoas que falaram, uma vice-presidente da SBPC, uma notável cientista, fez a seguinte declaração: "quem deveria fazer política de ciência e tecnologia no Brasil é a Câmara dos Deputados". E recebeu palmas por isso. Aplausos por uma coisa que é absolutamente óbvia.

Quem deve fazer política de ciência e tecnologia no Brasil é, principalmente e fundamentalmente, o Congresso Nacional. Em qualquer país democrático, as políticas mais permanentes de um país são definidas pelo Congresso Nacional, através das leis que aprova. E, no caso da biossegurança, o Congresso Nacional aprovou uma lei exemplar, que é a Lei Nº 8.974/95, que estabeleceu os princípios gerais da biossegurança no Brasil. Um de seus princípios mais fundamentais, comum à legislação dos demais países, determina que, nos casos de liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados, é preciso examinar caso a caso para saber se aquele produto pode ter conseqüências negativas para a saúde o